“Uma vida não supervisionada não é vivida com responsabilidade”
Vivemos na era da tecnologia, da informação rápida, da globalização, da “pós- modernidade”. A nossa geração vive conectada com o mundo através da TV, do rádio, do telefone celular e, principalmente, da internet. Temos que reconhecer que o avanço tecnológico tornou a nossa vida mais fácil do ponto de vista funcional, porém, trouxe-nos alguns malefícios. A internet hoje pode ser uma bênção ou um instrumento altamente perigoso, principalmente para os nossos filhos, dependendo de como eles possam estar fazendo uso dela.
O Facebook tem se tornado o maior banco de dados para os criminosos, ladrões, sequestradores, traficantes, etc. As salas de bate-papo têm sido uma arapuca disponível a serviço dos pedófilos e um laço para homens e mulheres praticarem o adultério virtual. Com freqüência, recebo pedidos de ajuda de pessoas que, através da internet, envolveram-se em situações perigosas. Os pais precisam estar atentos quanto ao uso da internet dentro e fora de casa. Algumas perguntas se impõem a nós, pais, quando tratamos sobre esse tema: Por onde os nossos filhos estão “navegando”? Com quem eles estão conversando nas salas de bate-papo? Quais os sites que eles visitam com freqüência?
A internet conecta o jovem com um universo cuja dimensão não dá para imaginar. É um mundo que oferece literalmente de tudo. Por isso, selecionar o que é bom daquilo que é nocivo e maligno é o nosso grande desafio de cada dia. Há um livro da Editora Mensagem Para Todos que sempre recomendo às famílias: “Pais Ausentes, Filhos On-Line”.
Ao concluir este capítulo, quero deixar oito dicas aos pais sobre o uso da internet e os nossos filhos:
1) Mantenha o computador em um lugar na casa onde todos possam ver o que está sendo visitado na internet.
2) Estabeleça um tempo limite para o seu filho ficar conectado. Se o tempo for de uma hora por dia e duas no final de semana, seja firme na cobrança quanto ao limite imposto.
3) Procure ficar atento com quem o seu filho está conversando nas salas de bate-papo.
4) Verifique se o seu filho não esteja freqüentando uma lan-house por causa da disciplina imposta em casa.
5) Ensine seu filho a nunca fornecer dados como nome, endereço e telefone para os “amiguinhos” virtuais. Afinal, nunca se sabe quem está do outro lado. Nesse mundo on-line, há muita mentira.
6) Se você tem acesso à caixa de mensagem do seu filho(a) e desconfia de alguma coisa errada, procure ler os e-mails enviados para ele(a).
7) Quando os pais desconfiarem que o(a) filho(a) está tomando um caminho estranho a partir da internet, aconselho que seja instalado no computador um programa chamado “espião”. Esse programa grava tudo o que é teclado no computador. Assim, os pais poderão saber o que realmente está acontecendo.
8) Fique sempre atento para ver se o seu filho não está acessando alguma sala de bate-papo gay, visitando sites pornográficos ou até mesmo interagindo com pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Muitas crianças, adolescentes e jovens se perderam a partir de uma sala de bate-papo onde entraram apenas por curiosidade.
A Bíblia diz: “O homem de bom senso percebe os perigos que têm pela frente e se defende; as pessoas ingênuas avançam às cegas e sofrem as conseqüências” (Pv 27.12).
Sabemos que não podemos escolher ou decidir pelos nossos filhos, mas podemos mostrar a eles onde está o perigo para que eles façam as escolhas acertadas na vida. Nas minhas palestras sempre digo aos pais: “Façam o melhor que puderem. Assim, vocês nunca vão chorar a dor da culpa ou do remorso”.